Como tratar a febre durante a gravidez?

Durante os nove meses de gravidez muitas coisas podem acontecer, inclusive que em algum momento a gestante por uma razão ou outra tenha febre. Se isso acontecer, saiba como tratar a febre durante a gravidez e também esclarecer dúvidas sobre seus riscos e efeitos.

A febre na gravidez

A febre é um mecanismo de defesa que é colocado em ação pelo organismo para combater bactérias e vírus. Durante a gravidez as defesas do organismo da gestante podem baixar, podendo facilitar a entrada de invasores que causam o resfriado e a gripe, e consequentemente, podem causar febre.

A primeira e mais importante pergunta para a gestante é se a febre na gravidez afeta o bebê; a resposta é não. Independente da febre surgir no primeiro, segundo ou terceiro trimestre, ela não afetará o bebê. Apesar disso, é preciso tratar a febre o mais rápido possível para evitar que a ausência de tratamento gere outros problemas que poderiam ser um risco para o feto.

Como tratar a febre durante a gestação

Estando grávida não é possível tratar a febre da forma convencional, ou seja, tomar remédios a partir dos primeiros sintomas, pois os medicamentos podem afetar o bebê.

O primeiro a fazer é consultar o médico e tentar baixar a febre com remédios naturais e repouso. Entre as receitas para tratar a febre mais recomendadas para as gestantes estão as seguintes:

• Tomar banho com água morna.

• Não se agasalhar muito para evitar que o excesso de roupa aumente ainda mais a temperatura corporal.

• Beber muita água ou se preferir alternar a hidratação com o consumo de sucos (principalmente os que sejam ricos em vitamina C), caldos de verduras, sopas e chás (sem teína).

• Manter repouso, inclusive um tempo depois dos sintomas da febre desaparecerem, para permitir a recuperação total e evitar recaídas.

Caso não sinta melhoras, é importante obter uma resposta do médico antes de tomar inclusive um paracetamol, que costuma ser o remédio indicado para o caso em que o tratamento natural não estiver fazendo efeito. No entanto, lembre-se, automedicar-se é perigoso, ainda mais quando além da sua saúde está em jogo a saúde do seu bebê.

O paracetamol é o medicamento que menos riscos apresenta, tanto para as mães quanto para o feto, no entanto, alguns estudos afirmam que o abuso desse medicamento durante a gravidez fazer com que o bebê desenvolva asma.

Quando a febre pode ser um risco

Ter febre sempre é motivo para estar em alerta, mesmo sabendo que inicialmente ela não representa um alto risco, quanto antes tratada mais rápida é a recuperação. Ao detectar a febre é preciso em primeiro lugar consultar seu obstetra, além disso, manter o controle da temperatura várias vezes ao dia.

Existem circunstâncias onde a febre pode ser mais perigosa. São elas:

• Temperatura superior a 38 graus.

• Que a febre surja de fatores que não seja um simples resfriado

• Que a febre seja acompanhada de vômitos, diarreia, dor de cabeça ou dor abdominal intensa.

• Que além da febre aconteça a perda de líquido amniótico.

• Que exista dor ao urinar acompanhada da febre, o que pode ser um sintoma de infecção urinária.

Diante dos sintomas citados anteriormente é preciso ir urgente ao hospital para realizar um exame de sangue e urina para detectar a origem da febre e dar início ao tratamento mais adequado com o devido acompanhamento médico.