Segunda gravidez: Parto, pós-parto e amamentação
Normalmente na segunda gravidez o parto costuma ser mais fácil. Isso ocorre porque a estrutura interna do corpo da mulher já foi distendida durante o primeiro parto. Portanto, o risco de precisar de uma episiotomia, que é a incisão às vezes necessária para aumentar o canal para a passagem do bebê, é menor.
Pelos dois motivos citados anteriormente a recuperação pós-parto da segunda gravidez costuma ser mais rápida. Por outro lado, pode acontecer que o útero demore mais tempo para retornar ao tamanho normal, o que pode gerar incômodos como contrações durante os 3 ou 4 dias posteriores ao parto.
A amamentação costuma ser mais simples para o segundo filho. Os seios e mamilos estão mais preparados: a pele está mais forte e é menos sensível, o que reduz o risco de rachaduras e feridas comuns da primeira vez. A mãe de segunda viagem também terá mais experiência para identificar e se adaptar às necessidades do bebê.
Retomar a vida sexual após o parto da segunda gravidez também costuma ser mais fácil apesar de que as recomendações são praticamente as mesmas da primeira gravidez:
- Não ter relações com penetração durante as 6 primeiras semanas do pós-parto (principalmente se foi feita episiotomia)
- Praticar exercícios de contração e relaxamento vaginal para recuperar a elasticidade da região.
Menos estresse, mas sem descuidar-se!
Se por um lado a primeira gravidez é sinônimo de ansiedade porque tudo é novo, durante a segunda gravidez é mais fácil manter a calma, mas ainda é preciso levar à risca o pré-natal.
Com o avanço da idade, alguns riscos podem aumentar em relação a primeira gravidez, como hipertensão, abortamento e alterações cromossômicas, principalmente a partir dos 38 anos ou em caso de obesidade. Portanto, pode ser recomendado inclusive fazer alguns exames que na primeira gestação não foram solicitados.
Para descartar o risco de doenças genéticas (alterações cromossômicas), que podem levar a perdas gestacionais ou o nascimento de um bebê com doenças cromossômicas, como é a Síndrome de Down, é possível realizar um teste de pré-natal não invasivo que detecta o DNA fetal no sangue materno, conhecido pelo nome de NIPT ou NACE. Este teste pode ser realizado a partir da 10ª semana de gestação e não oferece riscos para a mãe nem para o bebê.
Mais uma criança em casa
É bem comum ouvir que duas crianças em casa não significa o dobro de trabalho, a partir do momento que elas cresceram um pouco e podem brincar entre elas. Mas é um fato que quando o segundo bebê chega em casa a família precisa se adaptar e a idade do primeiro filho é determinante neste processo.
Dependendo da idade do primogênito ele ainda será bastante dependente, mas mesmo assim terá que aprender a dividir a atenção dos pais, que até o momento era somente dele, o que vai exigir mais jogo de cintura.
A melhor estratégia para ajudar o primeiro filho a se adaptar é envolvê-lo no processo de cuidar do irmãozinho, não são as tarefas o que importam, e sim o sentimento protetor que deve ser despertado no filho mais velho.
As habilidades dos pais para lidar com os filhos são maiores, por isso, de forma instintiva, mas também sempre informando-se com pedagogos e até mesmo com ajuda da escola, você fará um ótimo trabalho!