Gravidez aos 40: conheça e evite os riscos
Apesar de que cada mulher tem um relógio biológico e condições de saúde diferentes, a gravidez aos 40 anos sempre é mais arriscada para a mãe e para o bebê quando comparados com a gravidez aos 30.
No entanto, na maioria das vezes as mulheres que engravidam mais tarde costumam ter gestações normais e filhos saudáveis. Por isso, para que sua gestação seja tranquila, saiba quais são os riscos da maternidade tardia e planeje-se para estar mais tranquila e equilibrada com os conselhos médicos que damos para você.
1 – Redução da fertilidade
Um dos principais problemas relacionados à gravidez aos 40 é a fertilidade. Apesar de ser algo cada vez mais comum, engravidar aos 40 de forma natural é difícil e inclusive com a ajuda de tratamento de reprodução humana pode ser preciso mais de uma tentativa de Fertilização in Vitro para realizar esse sonho, além de cuidados especiais para reduzir os riscos de alterações cromossômicas no feto.
A queda da fertilidade afeta as chances de gravidez e também está relacionada ao aumento do risco de abortamento e doenças genéticas, devido ao deterioro da função ovariana da mulher, que começa a debilitar-se a partir dos 35 anos.
2 – Doenças genéticas no bebê devido a a alterações cromossômicas
As alterações cromossômicas podem surgir em qualquer gravidez, inclusive de casais jovens, porém são mais frequentes quando existem antecedentes na família e idade materna avançada. A doença provocada por alteração cromossômica mais conhecida é a Síndrome de Down (trissomia 21), mas existem outras, como por exemplo:
- Síndrome de Patau (trissomia 13)
- Síndrome de Edwards (trissomia 18)
- Síndrome de Turner (monossomia X)
Estas doenças não têm cura. A única forma de evitar que se manifestem é através do estudo genético do embrião utilizando a técnica de screening genético pré-implantacional (PGS). Para tanto é necessário realizar a fertilização in vitro para poder extrair algumas células do embrião, que serão enviadas ao laboratório de genética de reprodução humana para análise.
Durante a gestação é possível detectar alterações cromossômicas de forma precoce (a partir da 10ª semana de gestação) realizando o teste pré-natal não invasivo (NIPT) NACE, que é feito a partir de uma amostra do sangue materno através de uma tecnologia avançada para detectar o DNA fetal que circula no sangue da mãe.
3 – Risco de aborto espontâneo
Enquanto em pacientes jovens a taxa de aborto espontâneo está entre 11 e 15%, em uma gravidez aos 40 a taxa de perda gestacional é de 40%, sendo as causas genéticas a principal razão.
4 – Doenças gestacionais
Nas gestações que ocorrem a partir dos 40, o risco de diabetes gestacional duplica. Assim como outras complicações associadas a gestações de mulheres nesta idade também aumentam:
- Hipertensão, que pode ter efeitos nocivos para a mãe e para o bebê
- Miomas, mais frequentes nestas idades, e também podem aumentar de tamanho.
Em todos os casos, um pré-natal de qualidade e um acompanhamento médico constante pode fazer com que os riscos associados a estas patologias sejam controlados.
5 – Gravidez múltipla
As chances de engravidar de gêmeos são sutilmente superiores a partir dos 35 anos, porém a taxa de gravidez de gêmeos ou múltipla em idades avançadas têm aumentado como resultado dos tratamentos de reprodução humana, que são mais comuns nesta idade.
Mulheres que têm mais de 40 anos e precisam realizar tratamentos de fertilidade podem evitar a gravidez múltipla através da transferência de um único embrião ao útero materno. Esta técnica é mais segura para o bebê e para a mãe, pois irá reduzir o risco de parto prematuro e reduzir as doenças gestacionais, que já são maiores nesta idade.
6 – Partos mais difíceis
Em virtude do cansaço do corpo, o risco de enfrentar problemas durante o parto aumenta, o que pode causar maior sofrimento do bebê ao nascer. Também é mais frequente a necessidade de realizar uma cesariana.
7 – Bebês prematuros
Um dos riscos de dar à luz depois dos 40 é o parto prematuro, que tem como consequência o baixo peso do bebê ao nascer, entre outras possíveis complicações relacionadas à prematuridade.
Cuidados para ser mãe aos 40
Aos 40 todas as gestações são consideradas de risco e exigem um controle mais exaustivo, o que leva à indicação de certos exames que muitas vezes não são solicitados para todas as gestantes.
- Reduzir consumo de bebidas estimulantes, como o café e o chá preto.
- Tomar ácido fólico a partir de 3 meses antes da gravidez e durante os 3 primeiros meses de gestação.
- Praticar atividades físicas adaptadas para gestantes, como hidroginástica ou yoga; sempre com supervisão médica.
- Manter uma alimentação equilibrada.
Ser mãe aos 40 anos também tem suas vantagens, pois a maturidade irá te ajudar a ser uma mãe mais tranquila, além de que nesta idade as famílias costumam estar economicamente mais estáveis, o que também é uma vantagem para receber e educar a criança que está por vir.