Tratamento para produção independente
Ter um filho é um grande desafio para as mulheres que decidem realizar o sonho de ser mãe sem ter um parceiro. Esta importante decisão é feita após muita reflexão de mulheres que estão totalmente preparadas para serem mães do ponto de vista econômico e emocional.
Com a ajuda dos tratamentos de reprodução humana assistida é possível adquirir sêmen de doador e ser mãe em um novo modelo de família cada vez mais comum.
Chegou o momento de ser mãe
Adiar o sonho da maternidade para uma idade superior aos 35 anos é a cada dia mais comum. Isto também é o que geralmente acontece com as mulheres que decidem realizar este objetivo sem um parceiro através da produção independente.
A sociedade mudou completamente em poucas gerações. Com uma mais alta expectativa de vida e saúde, a priorização da estabilidade social como uma forma de preparar a estrutura para ter filhos é uma realidade que desafia a biologia, pois a queda da fertilidade acontece para as mulheres vários anos antes de chegar aos 40.
A medicina já permite que o congelamento de óvulos ajude a ter mais segurança sobre a fertilidade e a saúde cromossômica dos óvulos, que não apenas reduzem sua quantidade com o passar dos anos, mas também sua qualidade, aumentando o risco de perdas gestacionais e de nascimento de bebês com alterações cromossômicas, como a Síndrome de Down.
Porém, mesmo que os óvulos podem ser mantidos congelados por tempo indeterminado, pensando em sua própria saúde e qualidade de vida com o futuro bebê, é recomendável que a decisão de ser mãe ocorra antes dos 50 anos.
Inseminação Artificial ou Fertilização in Vitro: Qual é a melhor opção para ser mãe?
O primeiro passo ao tomar a decisão de ser mãe de forma independente é consultar um especialista em reprodução humana, que avaliando vários fatores irá indicar o tratamento ideal.
Mesmo com uma ótima saúde, a idade da mulher é um fator definitivo para a escolha entre um tratamento mais simples como a inseminação artificial ou mais complexo como a fertilização in vitro (FIV).
Indicação para a Inseminação artificial:
– Ter menos de 35 anos
– Não possuir obstruções nas trompas ou outros fatores que reduzem a fertilidade
As chances de sucesso da Inseminação Artificial são de aproximadamente 15%. Neste tratamento, a fecundação do óvulo acontece dentro do útero materno após um controle da ovulação e introdução dos espermatozoides previamente selecionados.
Indicação para a Fertilização in Vitro (FIV):
– Ter mais de 35 anos
– Pode ser indicado também para mulheres com menos de 35 anos que apresentam fatores de redução da fertilidade, como baixa reserva ovariana, obstrução nas trompas, entre outras causas que reduzem muito ou anulam as probabilidades de êxito de uma Inseminação Artificial.
As chances de sucesso da Fertilização In Vitro podem variar de menos de 30% a mais de 70% dependendo de diferentes aspectos da fertilidade da mulher e das técnicas complementárias aplicadas ao tratamento, como por exemplo o diagnóstico genético pré-implantacional do embrião, que permite identificar o embrião cromossomicamente saudável antes de sua implantação no útero materno, aumentando as chances do tratamento e reduzindo o risco de aborto.
Seleção de doador de sêmen compatível e gravidez segura
No momento de planejar a gravidez e durante a gestação é importante cuidar dos aspectos que aumentem as chances de saúde do bebê. Com relação à saúde genética:
– Para selecionar um doador compatível é possível realizar um teste de compatibilidade genética, que irá analisar se o doador e a futura mãe coincidem em mutações genéticas que aumentam o risco do futuro bebê desenvolver doenças genéticas recessivas.
– Durante o tratamento de reprodução humana, o estudo genético dos embriões através do diagnóstico genético pré-implantacional PGS (PGT-A), identifica os embriões livres de alterações cromossômicas, prevenindo que alterações cromossômicas (trissomias ou monossomias) afetem a saúde do bebê ou provoque uma perda gestacional.
– A partir da décima semana de gestação, o teste pré-natal não invasivo NACE (NIPT), realiza a partir de uma amostra do sangue materno o estudo do DNA fetal para as principais alterações cromossômicas, como a Síndrome de Down, Síndrome de Patau e Síndrome de Edwards, ou a opção do NACE Ampliado 24, que analisa todos os cromossomos.