Como evitar uma gravidez de alto risco?
A maioria das gestações acontecem sem complicações, no entanto, algumas gestantes por características particulares, apresentam um risco elevado de evolução desfavorável. Estes casos são conhecidos como gravidez de alto risco.
As gestantes de alto risco são aquelas que por alguma condição, doença existente ou que surja durante a gravidez, precisam de cuidados e acompanhamento mais rigorosos para garantir sua saúde e saúde do bebê.
Nem sempre é possível evitar uma gravidez de alto risco, mas existem condições, que podem ser evitadas, que contribuem para elevar o risco da gravidez. São elas:
- Alterações de peso – Um IMC muito baixo ou muito elevado (IMC <20 ou >30) no momento pré-gestacional aumenta o risco de complicações durante a gravidez.
- Consumo de álcool ou drogas – O consumo de álcool ou outras drogas tem consequências severas para o corpo e pode influenciar na saúde da gestante e do bebê.
- Tabagismo – fumar não apenas durante, mas também antes da gravidez implica em um aumento de risco para a gestação.
Alguns fatores de risco que não podem ser evitados, se conhecidos, permitem que a futura mãe planeje sua gravidez com antecedência. Como por exemplo:
- Medicações de uso contínuo – Mulheres que fazem uso de medicações de uso contínuo devem planejar a gravidez com o apoio do seu especialista.
- Idade materna – Os riscos da gestação aumentam com o avanço da idade materna a partir dos 35 anos, quando a incidência de alterações cromossômicas pode impedir o sucesso da gravidez com uma perda gestacional ou nascimento de um bebê com cromossopatia, como a Síndrome de Down.
- Necessidade de tratamento quimioterápico ou radioterápico – Antes de um dos membros do casal dar início ao uso de quimioterápicos para o tratamento contra o câncer, é importante conversar com o oncologista sobre a preservação da fertilidade, pois após o tratamento é possível que aconteça a perda da fertilidade tanto do homem quanto da mulher.
- Doenças pré-existentes – Entre elas: Hipertensão arterial, Cardiopatias, Pneumopatias, Nefropatias, Endocrinopatias (principalmente diabetes e tireoidopatias), Hemopatias, Epilepsia, Doenças infecciosas, Doenças autoimunes, Ginecopatias, Neoplasias, HIV ou determinados transtornos mentais.
Problemas em gestações anteriores podem aumentar o risco da gravidez
A história reprodutiva anterior, conforme descrito no manual técnico sobre gestação de alto risco publicado pelo Ministério da Saúde, também pode ser um fator de risco em casos de:
- Abortamento habitual;
- Morte perinatal;
- História de recém-nascido com crescimento restrito ou malformado;
- Parto pré-termo anterior;
- Esterilidade/infertilidade;
- Intervalo interpartal menor que dois anos ou maior que cinco anos;
- Nuliparidade e grande multiparidade;
- Síndrome hemorrágica ou hipertensiva;
- Diabetes gestacional;
- Cirurgia uterina anterior (incluindo duas ou mais cesáreas anteriores).
Nem tudo citado anteriormente implica em uma gravidez de alto risco, cada caso deve ser avaliado pelo médico de forma personalizada. Se você quiser saber um pouco mais sobre os diferentes níveis riscos gestacionais, acesse o post que publicamos sobre esse assunto.
O que fazer quando a gravidez apresenta um alto risco de alteração cromossômica?
Entre os riscos que não podem ser evitados em uma gravidez natural, estão aqueles relacionados com as alterações cromossômicas no bebê.
Descartar o risco de cromossopatia ajuda a ter uma gravidez mais tranquila, o que pode ser feito a partir da décima semana de gravidez através do teste pré-natal não invasivo (NIPT) NACE, que analisa as principais síndromes cromossômicas com uma precisão de mais de 99,9% para a Síndrome de Down, Síndrome de Edwards e Síndrome de Patau.
Larissa Antunes, Assessora Científica Igenomix.