Os riscos da Amniocentese e como evitá-los
A Amniocentese é um teste pré-natal, usado para diagnosticar síndromes cromossômicas (como a Síndrome de Down) e defeitos congênitos – como espinha bífida e anencefalia. Ela é feita a partir de uma amostra do líquido amniótico, retirado com agulha guiada pelo ultrassom, portanto é um exame invasivo.
O público-alvo desse teste são mulheres a partir dos 35 anos, ou com histórico de doença cromossômica na família. Isso porque esses fatores aumentam o risco de a paciente ter uma gravidez com presença de anomalia cromossômica no feto.
Entretanto, por apresentar riscos, ele costuma ser indicado apenas após a identificação de alterações na ultrassonografia morfológica e outros exames de triagem – dessa forma, só pode ser feito a partir da 12ª semana de gestação.
Os riscos da Amniocentese
Segundo estimativas, uma Amniocentese realizada no segundo trimestre de gestação oferece um risco de aborto entre 1 em 300 a 1 em 500 pacientes. Se realizado antes de 15 semanas de gravidez, o teste invasivo oferece um risco ainda maior de interrupção da gravidez.
Outros problemas – que atingem cerca de 1% das gestantes submetidas ao exame – são sangramento vaginal, perda de líquido amniótico, infecção e contaminação por Rh. Portanto, após a realização do exame é preciso observar os sintomas presentes na mulher e, em caso de Rh diferente entre a mãe e o bebê, medicá-la para evitar a eritroblastose fetal.
Existem alternativas para substituir a Amniocentese?
Como médico, é possível oferecer alternativas para substituir a Amniocentese, com a mesma qualidade de diagnóstico e sem oferecer nenhum risco para a gestação. Indicando o Teste Pré-Natal não Invasivo (NIPT), pode-se descobrir a presença de anormalidades cromossômicas até nas mulheres que não apresentaram suspeitas na triagem de 1º trimestre, mas que desejam ter total conhecimento sobre a saúde do bebê. O NIPT pode prevenir a realização desnecessária de uma amniocentese.
Feito a partir de uma simples amostra de sangue periférico da mãe, o NIPT (também conhecido como NACE) oferece taxa de detecção de 99,9%. Ou seja, para mulheres com falsa suspeita durante o ultrassom pré-natal, ele evitará a realização de exames invasivos, causadores de risco. No entanto, quando o teste pré-natal não invasivo rastreia uma alteração cromossômica, então a realização da Amniocentese para a confirmação do diagnóstico é necessária.
Os benefícios do NACE
Assim como o NIPT, o NACE é um Teste Pré-Natal não invasivo que pode ser realizado a partir da 10ª semana de gestação. Seus benefícios, entretanto, estão na rapidez na entrega dos resultados e no diagnóstico preciso – que oferece como resposta: “positivo” ou “negativo” para síndrome cromossômica.
Outra vantagem da realização do teste NACE é a possibilidade de conhecer o sexo do bebê nas primeiras semanas de gestação, o que pode substituir a sexagem fetal.
Susana Joya, Assessora Científica Igenomix.