Melhor endométrio para engravidar
Uma coisa que eu descobri faz pouco tempo foi a Receptividade Endometrial e sua importância para gravidez. Eu falo muito sobre endométrio no meu canal, que é aquela camada interna do útero que precisa ter uma espessura certa para que o embrião consiga fazer a nidação.
A nidação é o processo onde o embrião se fixa nas paredes do útero materno, que é o endométrio. Se fala muito de espessura do endométrio para que a nidação aconteça e o quanto o endométrio fino pode ser um problema para engravidar, mas também existe essa tal da receptividade endometrial, que é o assunto de hoje e que vou explicar com a ajuda da Dra Marcia Riboldi.
A receptividade do endométrio pode ser uma causa da infertilidade feminina porque a gravidez acontece apenas quando há receptividade endometrial. Mas vamos por partes nesse assunto! Acompanhe comigo, que é muito interessante!
O que é receptividade endometrial?
Nosso endométrio tem vários genes. Esses genes se expressam de uma forma diferenciada em um curto espaço de tempo no ciclo da mulher para permitir que o corpo materno ajude o embrião a se fixar no útero, esse período é chamado de janela de implantação. Normalmente a receptividade endometrial está em sincronia com o tempo padrão do embrião chegar ao útero materno (cerca de 5 dias), mas em um terço das mulheres com falhas de implantação no tratamento de FIV este período precisa ser personalizado para que a gravidez aconteça.
O teste ERA é a análise genética da receptividade endometrial que vai identificar o momento em que acontece a receptividade de cada mulher. Ele é utilizado nos tratamentos de Fertilização in Vitro para personalizar a transferência do embrião de acordo com o melhor momento do endométrio da futura mãe.
Como é feito o Teste ERA?
Para realizar o teste ERA, o ginecologista coleta uma pequena amostra do endométrio através de uma biópsia em um ciclo que simula a transferência do embrião ao útero materno. Essa simulação é realizada com um preparo endometrial ou acompanhando o ciclo hormonal e ovulatório a partir de uma primeira dosagem da progesterona no sangue, que deve menor que um nanograma para começar a simulação do ciclo com 120 horas de progesterona.
O teste ERA só serve para quem está fazendo FIV?
Sim. Serve apenas para quem está fazendo FIV porque em um ciclo natural, sem o processo da Fertilização in Vitro, não conseguimos controlar que a ovulação está acontecendo exatamente conforme planejado. A ovulação pode variar de um ciclo a outro, mesmo quando a menstruação é bem regrada.
Por outro lado, mesmo que fosse possível fazer esta medição, não teríamos como controlar este processo para que o endométrio estivesse receptivo para o momento em que o embrião chegasse naturalmente ao útero.
A maioria das pessoas que fazem o teste ERA obtém um resultado receptivo, por isso atualmente este teste genético é indicado especialmente para os casos de falhas de implantação após FIV. Mas muitas pacientes, principalmente quando têm uma baixa reserva ovariana, realizam este teste para prevenir a perda de embriões saudáveis por uma falha de receptividade endometrial.
A receptividade endometrial varia com a idade materna?
Não. A receptividade endometrial é uma marca genética de cada mulher. Inclusive, após realizar o teste ERA, os resultados são válidos por tempo indeterminado se não houver uma variação grande de peso (IMC) ou uma cirurgia que envolva o endométrio.
Endométrio fino sempre é não receptivo?
Não. A gente tem resultados de endométrio receptivo e gravidez em casos de endométrios finos. Apesar das chances serem mais baixas, também é possível engravidar.
Quer que a gente te conte?
Sou Monica Romeiro, mãe do Lucas e da Larissa. Amo compartilhar minhas experiências e passar informações corretas e seguras para as mulheres que sonham em engravidar, para gestantes e para mamães. Convido você a conhecer meu blog e canal no YouTube.