Os riscos da Amniocentese e como evitá-los

Os-riscos-da-aminiocentese-e-como-evitalos-002-03-07-2015

A Amniocentese é um teste pré-natal, usado para diagnosticar síndromes cromossômicas (como a Síndrome de Down) e defeitos congênitos – como espinha bífida e anencefalia. Ela é feita a partir de uma amostra do líquido amniótico, retirado com agulha guiada pelo ultrassom, portanto é um exame invasivo.

O público-alvo desse teste são mulheres a partir dos 35 anos, ou com histórico de doença cromossômica na família. Isso porque esses fatores aumentam o risco de a paciente ter uma gravidez com presença de anomalia cromossômica no feto.

 

Entretanto, por apresentar riscos, ele costuma ser indicado apenas após a identificação de alterações na ultrassonografia morfológica e outros exames de triagem – dessa forma, só pode ser feito a partir da 12ª semana de gestação.

Os riscos da Amniocentese

Segundo estimativas, uma Amniocentese realizada no segundo trimestre de gestação oferece um risco de aborto entre 1 em 300 a 1 em 500 pacientes. Se realizado antes de 15 semanas de gravidez, o teste invasivo oferece um risco ainda maior de interrupção da gravidez.

Outros problemas – que atingem cerca de 1% das gestantes submetidas ao exame – são sangramento vaginal, perda de líquido amniótico, infecção e contaminação por Rh. Portanto, após a realização do exame é preciso observar os sintomas presentes na mulher e, em caso de Rh diferente entre a mãe e o bebê, medicá-la para evitar a eritroblastose fetal.

 

Existem alternativas para substituir a Amniocentese?

Como médico, é possível oferecer alternativas para substituir a Amniocentese, com a mesma qualidade de diagnóstico e sem oferecer nenhum risco para a gestação. Indicando o Teste Pré-Natal não Invasivo (NIPT), pode-se descobrir a presença de anormalidades cromossômicas até nas mulheres que não apresentaram suspeitas na triagem de 1º trimestre, mas que desejam ter total conhecimento sobre a saúde do bebê. O NIPT pode prevenir a realização desnecessária de uma amniocentese.

Feito a partir de uma simples amostra de sangue periférico da mãe, o NIPT (também conhecido como NACE) oferece taxa de detecção de 99,9%. Ou seja, para mulheres com falsa suspeita durante o ultrassom pré-natal, ele evitará a realização de exames invasivos, causadores de risco. No entanto, quando o teste pré-natal não invasivo rastreia uma alteração cromossômica, então a realização da Amniocentese para a confirmação do diagnóstico é necessária.

 

Os benefícios do NACE

Assim como o NIPT, o NACE é um Teste Pré-Natal não invasivo que pode ser realizado a partir da 10ª semana de gestação. Seus benefícios, entretanto, estão na rapidez na entrega dos resultados  e no diagnóstico preciso – que oferece como resposta: “positivo” ou “negativo” para síndrome cromossômica.

Outra vantagem da realização do teste NACE é a possibilidade de conhecer o sexo do bebê nas primeiras semanas de gestação, o que pode substituir a sexagem fetal.

Susana Joya, Assessora Científica Igenomix.

subir

Pin It on Pinterest