Triagem pré-natal combinada. Você sabe o que é?
A triagem pré-natal do primeiro trimestre combina dados de certos analitos no soro materno em conjunto com exames ultrassonográficos para estimar o risco fetal em relação a alterações cromossômicas responsáveis pelas síndromes genéticas mais frequentes, como Síndrome de Down, Edwards, Patau, Turner, além de trissomias dos cromossomos sexuais.
A triagem combinada do primeiro trimestre, inclui os marcadores:
– Idade Materna
– Transluscência Nucal
– Marcadores PAPP-A e Beta HCG livre
Este teste é uma equação criada a partir da combinação de marcadores bioquímicos e ultrassonográficos para denominar o valor MoM (Múltiplo da Mediana), que será observado para a classificação do risco para a triagem combinada simples ou ampliada.
Como é calculado o risco?
Nas gestações euplóides, ou seja, onde o feto é cromossomicamente normal, o valor MoM do Beta HCG livre é de 1.0 e de PAPP-A é de 1.0, sendo que valores tanto abaixo quanto acima desta cifra são considerados valores de risco.
Com relação aos parâmetros isolados para a síndrome de Down:
Valores baixos de PAPP-A (> 0.4) | – Pode indicar uma alteração cromossômica |
Valores de TN (< 3) | – Risco de síndrome de Down |
O Intervalo de referência, pode ter uma pequena variação entre os laboratórios, estando geralmente em 1/200 ou 1:200.
Valores MoM por alteração e marcador:
βHCG livre | PAPP-A | |
Trissomia 21 (Down) | 2,0 | 0,5 |
Trissomia 18 (Edwards) | 0,2 | 0,2 |
Trissomia 13 (Patau) | 0,3 | 0,4 |
Síndrome de Turner | 1,2 | 0,5 |
Triploidia materna | 0,2 | 0,1 |
Triploidia paterna | 9,0 | 0,7 |
Qual é a confiabilidade da triagem pré-natal combinada?
Assim como todo teste de triagem, os resultados correspondem a uma avaliação de risco. Quando existe o risco, é necessário um procedimento invasivo, como por exemplo amostragem de vilosidades coriônicas (CVS) e a amniocentese para confirmação do diagnóstico por técnicas de biologia molecular.
Os testes combinados possuem a capacidade aumentar a confiança nos resultados da avaliação de risco isolada de cada marcador, ainda assim, em comparação ao teste pré-natal não invasivo NIPT/NACE, existe uma margem de erro de detecção superior.
O que é o teste NACE?
NACE é o NIPT da Igenomix. Trata-se de um teste genético que analisa o DNA fetal livre a partir do sangue materno que é coletado como um exame de sangue de rotina.
Em muitos países, o uso da triagem com marcadores séricos maternos e ultrassonografia para detectar aneuploidias cromossômicas e outros defeitos congênitos fazem parte da rotina do pré-natal no primeiro e/ou segundo trimestres. No entanto, essas duas abordagens sofrem altos índices de falsos positivos. Se esses testes indicarem que o feto tem maior risco de aneuploidia, métodos invasivos como CVS ou amniocentese são recomendados para o diagnóstico.
Um dos maiores benefícios do NACE é evitar procedimentos médicos invasivos e fornecer informações precisas e confiáveis para a gestante/casal. Ele pode ser considerando uma alternativa prévia a um teste invasivo quando algum risco bioquímico e/ou ultrassonográfico é detectado. O teste também revela o sexo do bebê, podendo ser realizado a partir da décima semana de gestação.
Confiabilidade do teste NACE:
Opções disponíveis do NACE:
Para gestações gemelares e em casos de gêmeos reabsorvidos, somente o painel NACE está disponível no momento. Em todos painéis é realizada também a sexagem fetal e nos casos de gestações gemelares, quando o resultado apresentado no laudo corresponder a XY, sabe-se que pelo menos um dos fetos é do sexo masculino.
Caso tenha dúvidas em relação a qual opção ser realizada, consulte nossa equipe de assessoramento genético.
Referências bibliográficas:
Norwitz E.R., Levy B. (2013). Noninvasive prenatal testing: the future is now. Rev Obstet Gynecol. 6(2):48–62.
Russo M.L., Blakemore K.J. (2014). A historical and practical review of first trimester aneuploidy screening. Semin Fetal Neonatal Med. 19(3):183–187.
Shamshirsaz A.A., Benn P., Egan J.F. (2010). The role of second-trimester serum screening in the post-first-trimester screening era. Clin Lab Med.30(3):667–676.
Susana Joya, Assessora Científica Igenomix.