Ultrassom morfológico alterado durante a gravidez

morfológico alterado

Se no primeiro ultrassom morfológico de gravidez o médico detecta alguma alteração, como uma transluscência nucal aumentada, é preciso investigar para descartar qualquer risco para o bebê. Para falar disso, entrevistei a Dra Marcia Riboldi.

Antes de falar sobre morfológico alterado, quero lembrar que um pré-natal completo é fundamental para todas as gestantes, com ou sem alterações detectadas e em qualquer idade materna.

O primeiro ultrassom morfológico da gravidez pode ser realizado entre a 11ª e 13ª semana de gestação é um dos ultrassons mais importantes, porque é um dos primeiros exames que permite dar uma melhor ideia do desenvolvimento do feto.

O que analisa o primeiro ultrassom morfológico?

No primeiro ultrassom morfológico, vários aspectos do bebê são analisados, por isso este é um dos exames mais demorados, que pode durar entre 30 e 45 minutos.

Apesar de que ainda não é possível ver o sexo do bebê nesse exame (o exame que permite a sexagem fetal e síndromes genéticas a partir da décima semana de gravidez é o NIPT/NACE), nessa ecografia serão realizadas várias medições, sendo as principais:

  • Tamanho do crânio
  • Tamanho do osso do braço (úmero)
  • Tamanho do osso da perda (fêmur)
  • Existência de dedos
  • Translucência Nucal
  • Osso nasal

Os vários pontos analisados nessa ultrassonografia vão confirmar se o desenvolvimento está dentro do esperado ou se existe alguma alteração de deve ser investigada em detalhes.

Neste exame, as principais alterações que chamam a atenção são as alterações na nuca e no osso nasal. O obstetra fica alerta quando não é possível realizar essa medição ou se é feita a medição, mas o tamanho está fora do considerado normal.

É importante lembrar que nesta semana de gestação, o feto às vezes não chega a 10cm e pesar entre 50 e 80gr, ou seja, sua nuca e osso nasal são bem pequeninhos. Portanto, a posição em que o feto estiver será decisivo para a capacidade de realizar a medição desses parâmetros importantes. Assim como a qualidade do equipamento utilizado e a experiência do ultrassonografista contam muito.

Quem realiza o ultrassom morfológico?

É preciso ser um ultrassonografista experiente para realizar um ultrassom morfológico. Normalmente o obstetra que acompanha sua gravidez não fará este exame, mas sim encaminhará para este médico especialista.

Alteração ultrassom das 12 semanas: Qual é o risco?

No entanto, o risco aumentado detectado na ultrassonografia não é um diagnóstico definitivo, mas sim uma estimativa de risco e necessidade de confirmar informações que não ficaram claras ou que indicam um aumento de risco com relação ao padrão do desenvolvimento fetal.

O próximo ultrassom a ser realizado de extrema importância é o ultrassom das vinte semanas, realizado entre a 20ª e 24ª semana de gravidez.

Os aspectos que vão chamar a atenção do médico nesse primeiro ultrassom são:

  • TN aumentada
  • Ausência de osso nasal

Antigamente, a única opção diante de alguma alteração era realizar uma Amniocentese, que é um exame que analisa o líquido amniótico contido dentro da placenta para descartar a presença de síndromes genéticas. Esse procedimento é realizado a partir da introdução de uma agulha através da barriga da mãe e, por ser invasivo, representa um risco para a gravidez e precisa ser realizado por um médico muito experiente.

Atualmente existe uma alternativa não invasiva de rastreamento bastante confiável, que é o teste pré-natal não invasivo (NIPT/NACE) que pode ser realizado a partir da décima semana de gestação. Este teste genético é uma opção para reduzir a realização desnecessária de amniocentese, pois vai descartar os casos de falsos positivos com uma precisão superior a 99%

Caso o NIPT não detecte uma alteração cromossômica não é necessário realizar a Amniocentese e a gestante pode seguir a gestação tranquila com relação a síndromes genéticas. No entanto, quando é identificada uma alteração cromossômica é indicada realizar a Amniocentese para obter o diagnóstico definitivo e mais informações sobre as alterações rastreadas no teste NACE.

Se meus exames de ultrassom são normais, vale a pena fazer o NIPT/NACE?

Por ser um exame sem risco que proporciona uma segurança maior sobre a saúde cromossômica do bebê no começo da gestação, acho que vale a pena. Em vários países, como nos Estados Unidos e alguns países da Europa, muitas sociedades científicas já indicam o NIPT como um exame que deve ser incorporado ao pré-natal de todas as gestantes.

Dizem que muitos casos de Síndrome de Down não são detectados no morfológico, é verdade?

Pode acontecer, mas acho que este problema está principalmente relacionado com a qualidade dos equipamentos ou do profissional que realiza a ultrassonografia e até mesmo da posição do bebê não permitir ver alterações. Também é importante que o ultrassom seja realizado dentro da semana indicada para que essa alteração possa ser vista. Na minha opinião, estes pontos pesam mais nesses casos de nascimento de bebê com Síndrome de Down onde os resultados de exames não apresentarem esta alteração.

Se eu fizer o NIPT eu também vou saber o sexo do bebê?

Sim. Vai saber o sexo do bebê a partir da semana 10 de gravidez, com a vantagem de também saber que o bebê está livre das principais síndromes genéticas, como Síndrome de Down, Síndrome de Edwards e Síndrome de Patau.

Quer que a gente te conte?

Monica Romeiro

 

Sou Monica Romeiro, mãe do Lucas e da Larissa. Amo compartilhar minhas experiências e passar informações corretas e seguras para as mulheres que sonham em engravidar, para gestantes e para mamães. Convido você a conhecer meu blog e canal no YouTube.

 

 

 


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