Conheça Márcia Riboldi, especialista em reprodução genética e diretora da Igenomix Brasil
“Tudo tem que estar perfeito. Estamos lidando com amostras que são decisivas para o futuro desses casais”, é assim que a Dª Márcia Riboldi descreve o trabalho realizado pelo laboratório de reprodução genética Igenomix Brasil, no qual ela é diretora.
Com uma trajetória de sucesso, a carreira de Márcia sempre esteve focada em reprodução genética e, hoje, ela é reconhecida nacional e internacionalmente pela qualidade de seu trabalho e conhecimento na área.
A frente da Igenomix Brasil, a doutora ajuda casais brasileiros a realizarem o sonho de se tornarem pais, com muita saúde e segurança por meio de testes de alta qualidade e precisão. Conheça um pouco da história dessa profissional, na entrevista a seguir.
Há quanto tempo você trabalha com reprodução genética?
No Brasil comecei a trabalhar com diagnóstico genético em 2014, quando abrimos a Igenomix no país.
Como foi sua preparação para início da carreira com a Igenomix?
Em 2007 fui para a Espanha, na cidade de Valência realizar um estágio em células-tronco embrionárias. Isso porque em 2005 aconteceu um boom desse assunto e todos os laboratórios, no mundo todo, estavam investigando como gerar linhas de células-tronco embrionárias humanas.
Com isso, consegui um estágio de 6 meses no Centro de Investigação Principe Felipe, em Valência na Espanha, com o Dr. Carlos Simon. Na época, ele era o diretor do Laboratório de células madre na comunidade Valenciana, um dos primeiros laboratórios em publicar a derivação de 2 linhas VAL-1 e VAL-2.
Aos 3 meses de estágio, o Dr. Carlos me convidou para começar o Doutorado em Ginecologia e Obstetrícia na Universidad de Valência, no qual fui aceita e então comecei, realmente, os estudos na área de genética e reprodução humana. Realizei todo o processo de investigação na Fundação IVI e na empresa IVIOMICS (atualmente IGENOMIX), com a apresentação da Tese doutoral em 2011.
Qual foi o tema da sua tese?
O tema da minha tese doutoral foi em mitose/meiose, processos fundamentais para a reprodução humana. No meio desse período também estive na Universidade de São Francisco trabalhando no desenvolvimento placentário humano no departamento da Prof. Olga Genbacev. No meu último ano em Valencia, 2010, tive a oportunidade de estar acompanhando o Dr. Simon na sua rotina diária na clínica de FIV (IVI – Valência).
E, quando voltou ao Brasil? Quais foram seus projetos?
Ao voltar ao Brasil, trabalhei 1 ano e meio Reprodução Assistida e realizei mais um projeto de investigação na área de Implantação na Universidad do Chile com a equipe do Prof. Devoto.
Foi então que, em 2012, a Igenomix decidiu abrir laboratório na América Latina e me convidou para ser a diretora do laboratório brasileiro sediado em São Paulo. Com essa proposta, fiz 6 meses de formação na nossa filial de Miami e outros 6 meses na matriz, em Valência. O laboratório paulista foi aberto em abril de 2014.
Por que você confia na Igenomix?
Estive presente em todas as fases: pesquisa e investigação, novos produtos, produção, rotinas e diagnósticos. Em todas as etapas, inúmeras pessoas estão envolvidas e todas muito profissionais, com currículo esplendido. Conheço todos os meus colegas e sei o quanto foi difícil e necessário para chegarem na posição que hoje estão. Penso que ter tido uma formação no grupo da Igenomix e depois ter sido convidada para fazer parte dele foi maravilhoso. E hoje, só aceitei fazer parte dele porque confio de olhos fechados em todos. Sei da qualidade dos diagnósticos, de cada um dos serviços e da importância que damos a eles.
Qual o diferencial da Igenomix perante outras empresas do mesmo ramo?
Possuímos um controle estrito entre clínica e laboratório. Para que as clínicas possam trabalhar com a gente, exigimos uma série de pré-requisitos, além de uma aprovação após a realização de testes.
Os pacientes precisam confiar que o material que chega para nossa análise está em perfeitas condições. Não podemos ter dúvidas e não podemos suspeitar de nada. Neste processo, tudo tem que estar perfeito. Estamos lidando com amostras que são decisivas para o futuro desses casais.
Por que recorrer a exames específicos em genética para a reprodução humana?
Hoje em dia as mulheres estão deixando para ter filhos cada vez mais tarde, por inúmeros motivos, e acabam deixando a fertilidade de lado. O problema é que o nosso relógio biológico não espera. Assim, nossos óvulos acabam envelhecendo e com isso há um aumento no número de abortos, falhas de implantação e até mesmo o nascimento de bebês com problemas, como é o caso da Síndrome de Down, que podemos evitar.
Além disso, também existem outros fatores de risco que indicam o uso de exames genéticos, como já ter tido o nascimento ou um aborto de bebê com algum tipo de anomalia, abortos repetidos ou uma faixa de idade mais avançada. Mas o aconselhamento genético sempre deve ser uma escolha a todas as pacientes para que elas saibam da sua real necessidade e de que tipo de teste cada uma precisa, não podemos generalizar.
Como esses exames mudam a vida das famílias que procuram a Igenomix?
Há algumas famílias que possuem doenças genéticas em diferentes gerações, como uma distrofia muscular, por exemplo. Por isso, a possibilidade de realizar um PGD, hoje em dia, beneficia essas famílias porque possibilita a escolha de embriões sem a alteração genética.
Com isso, há o nascimento de uma criança saudável, evitando todos os riscos e problemas gerados pela doença em questão. Aqui, na Igenomix, somos capazes de realizar os protocolos de PGD das mais variadas doenças – sendo elas frequentes, ou raras – em um tempo estimado máximo de 6 semanas. São protocolos específicos para cada histórico familiar e cada doença, que ajuda um casal no sonho de criar uma família.