Raios X na gravidez: é tão perigoso como dizem?

4 February, 2019

Os Raios X, conhecidos comumente como radiografias, são radiações eletromagnéticas de alta frequência que produzem imagens das estruturas do interior do corpo, com o que constituem uma ferramenta diagnóstica muito útil, principalmente para detectar fraturas e patologias dos ossos.

Também servem para detectar tumores, cáries dentais, presença de corpos estranhos ou anormalidades no funcionamento de distintos órgãos, o que demonstra que o seu uso está muito estendido.

Como funciona a radiografia?

Funciona da seguinte maneira: quando os Raios X passam através do corpo são absorvidos em diferentes quantidades, conforme a densidade do material que atravessam. Isto faz com que os materiais mais densos, como os ossos, sejam visualizados em cor branca nas placas reveladas, enquanto que o ar dos pulmões, por ser menos denso, seja visto escuro, enquanto a gordura e os músculos adquiram uma cor cinza. Esta variedade de cores e tonalidades oferece uma informação de grande valor na hora de realizar diversos diagnósticos.

Os Raios X são perigosos?

Como ocorre com outras formas de radiação ionizante, os Raios X têm a capacidade de alterar o material genético das células e causar mutações, o que poderia incrementar o risco de câncer.

No entanto, a quantidade de raios X utilizados na maioria dos procedimentos diagnósticos é tão pequena que o risco real é muito baixo.

É arriscado fazer uma radiografia se estou grávida?

Sim. Embora o risco para o feto durante uma exposição a Raios X diagnósticos seja muito baixo, sempre que você for realizar uma radiografia ou tiver que passar por um controle de Raios X, você é preciso advertir que está grávida ou tem suspeitas de que possa estar.

É uma questão de aumentar as medidas de prevenção e de preservar ao máximo a segurança da gestação, posto que da mesma forma como ocorre com certos medicamentos e o álcool, o bebê é sensível aos efeitos das radiações.

Aspectos a considerar nos Raios X na gravidez

Dose de radiação

intensidade dos Raios X ou dose de radiação se mede em função da quantidade de radiação recebida por todo o corpo. A unidade científica de medição para a dose de radiação do corpo inteiro, também conhecida como “dose efetiva” é o millisievert (mSv). Existem também outras unidades de medida da dose de radiação como o rad, o rem, o roentgen, o sievert, e o gray.

Idade gestacional

Considera-se que a partir da 20ª semana de gravidez o bebê já está completamente desenvolvido e, portanto, é mais resistente aos efeitos das radiações do raio X. Portanto, a etapa que pode ser considerada mais crítica são as primeiras semanas, que é quando existe um maior risco de abortos ou de atrasos no desenvolvimento.

Parte do corpo à que se dirige a radiação

As radiografias que podem expor o bebê às radiações e que, portanto, requerem um maior grau de precaução são a seguintes:

  • Radiografias da região lombar.
  • Radiografias da pélvis e do quadril.
  • Estudos da vesícula biliar e da bexiga.
  • Estudos de enema
  • Serie gastroduodenal
  • Pielografia

As radiografias diretas ao abdômen, porém, têm um nível de risco muito baixo, já que o bebê se encontra protegido no interior do útero, que atua como escudo.

Como minimizar os riscos de uma radiografia para o bebê

Embora mínimo, os Raios X podem supor um certo risco para a saúde do bebê, por esse motivo sempre você deve informar ao seu médico que você está grávida ou existe a possibilidade de estar. Desta maneira, o técnico poderá avaliar a verdadeira necessidade de fazer a radiografia, ou se é possível a sua substituição por outro exame. Também pode avaliar a postergação do exame até o nascimento da criança.

Por exemplo, se você fez algum raio x recente, deve informar ao médico que solicitou o exame, já que talvez não seja necessário repetir o estudo se for possível dispor de outra radiografia recente.

Se finalmente o exame de RX tiver que ser feito, é recomendável que lhe protejam com um avental de chumbo.

 

Larissa Antunes, Assessora Científica Igenomix.


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