Translucência nucal: vantagens e desvantagens
Durante a gravidez, entre as muitas consultas realizadas com o obstetra, existe um exame que os médicos dão especial atenção, este exame se chama teste de translucência nucal (TN). Sua importância é ser o primeiro passo para descartar o risco de Síndrome de Down, que junto com técnicas mais avançadas de diagnóstico, como o teste pré-natal não invasivo (NIPT-NACE), não oferece nenhum risco para a gravidez, diferente da amniocentese.
O que é translucência nucal?
A translucência nucal é um exame realizado com o objetivo de acompanhar o desenvolvimento do bebê e descartar os riscos de que o mesmo tenha sofrido um tipo de alteração cromossômica. Especificamente este exame se limita a detectar a trissomia 21 no bebê, que á a alteração cromossômica que causa a Síndrome de Down.
Para detectar a Síndrome de Down, é realizada uma ultrassonografia específica que é capaz de medir o líquido existente na região da nuca do bebê. O resultado obtido deve estar dentro dos parâmetros que descartam a doença genética. Na 12ª semana de gestação uma TN superior a 2,5 mm é considerada aumentada.
Quando a medida da translucência nucal é superior a 2,5 mm, existe o risco aumentado do bebê apresentar alterações cromossômicas ou doenças cardíacas que afetem seu desenvolvimento.
Este exame é realizado entre 11 e 13 semanas e 6 dias de gestação, porque precisa ser realizado no período em que o feto tem um comprimento cabeça-nádegas entre 4,5 e 8,4 cm. O melhor momento normalmente é entre 12ª e a 13ª semana.
Indicações para a translucência nucal
A translucência nucal é um exame importante para todas as gestantes e faz parte do calendário de exames da gravidez.
Por ser um exame não invasivo, não existem contra-indicações para realizar a translucência nucal, como acontece com a amniocentese ou a biopsia corial, por exemplo. Por isso, as mães realizam este estudo para avaliar o risco de síndromes genéticas no bebê, mesmo estando fora do grupo de risco por serem jovens e não terem antecedentes com Síndrome de Down ou outras alterações cromossômicas na família.
Vantagens da translucência nucal
Como muitos exames realizados durante a gravidez, a translucência nucal apresenta vantagens e inconvenientes tanto para a gestante quanto para o bebê.
Como ponto positivo, a translucência nucal tem a vantagem de ser um exame não invasivo, o que significa que não oferece riscos para a mãe e para o bebê. Sua realização acontece de forma parecida às outras ultrassonografias de gravidez e não afeta a gestação.
Outro ponto a favor desse exame é que ele pode ser realizado no início da gestação; na 12ª semana. Neste momento, quem está grávida está no primeiro período da gestação, o que proporciona mais tranquilidade ao longo da gravidez.
Com os avanços tecnológicos, a realização da translucência nucal tem fornecido informações não apenas sobre a trissomia 21, mas também permitido observar se existem malformações que afetam outras partes do corpo.
Além disso, ao realizar a translucência nucal é possível identificar o tempo exato do bebê com apenas 4 dias de margem de erro, o que facilita muito para calcular a data do parto.
Desvantagens da translucência nucal
A maior desvantagem da translucência nucal é que sua fiabilidade não é considerada baixa. É um exame de sondagem inicial, que em caso de dúvidas, requer uma decisão sobre outros diagnósticos mais avançados e definitivos.
Alterações identificadas durante a translucência nucal levam à solicitação de outros exames, como a Anmiocentese. No entanto, como a amniocentese é um exame invasivo que apresenta uma porcentagem de risco para a gravidez, muitas mães decidam não realizar o diagnóstico. Como alternativa, o teste pré-natal não invasivo (NIPT) NACE, apesar de não ser um exame de diagnóstico, tem uma alta especificidade (superior a 99,8% para a síndrome de down) que permite descartar sem risco para a gestação a presença das principais síndromes genéticas a partir de uma amostra de sangue, parecida com o uma análise de sangue convencional.
Diferença entre a Translucência nucal e o Teste genético não invasivo
Larissa Antunes, Assessora Científica Igenomix.