Valores de Referência do Hormônio Antimülleriano

hormônio antimülleriano

O hormônio antimulleriano (AMH) é uma proteína que produz os folículos do ovário. Graças a ela podemos conhecer a reserva ovariana de uma mulher, ou seja, o estoque de possíveis óvulos que poderiam amadurecer e serem fecundados para que a gravidez aconteça.

A reserva ovariana pode ser medida também através da contagem de folículos antrais, e com frequência este método é utilizado em conjunto com o AMH, porém hoje daremos protagonismo a explicar o método hormonal.

Hormônio antimulleriano e os valores por idade

As mulheres nascem com uma reserva ovariana determinada que vai diminuindo com os anos de forma natural desde seu nascimento. No quinto mês de gestação da mãe já pode saber com quantos óvulos a bebê que vai nascer, que é aproximadamente um milhão de oócitos.

Desde o momento em que nasce uma menina, sua reserva ovariana começa a diminuir. Nos primeiros anos lentamente e mais rapidamente a cada ovulação.

Para a maioria das mulheres, a partir dos 20 anos aproximadamente, o descenso da reserva ovárica é mais veloz. Mas será a partir dos 35 anos que a redução aumenta de forma drástica ao mesmo tempo em que a qualidade dos óvulos piora. Por esta razão, acontece com frequência que uma mulher que engravidou sem problemas aos 30 anos, enfrenta dificuldades para engravidar aos 40.

Na investigação da fertilidade feminina, mediante um exame de sangue, poderá ser determinado o valor nível da AMH, o hormônio antimülleriano. A sua quantidade nos mostra o número de folículos que há nos ovários.

Os valores de referência do hormônio antimulleriano para uma mulher de menos de 35 anos são os seguintes:

  • Níveis elevados: mais de 4.0 ng/ml
  • Níveis normais: 1.5-4.0 ng/ml
  • Níveis normais-baixos: 1.0-1.5 ng/ml
  • Níveis baixos: 0.5-1.5 ng/ml
  • Níveis muito baixos: menos de 0.5 ng/ml

Baixa reserva ovariana e gravidez

Diante de uma baixa reserva ovariana (BRO), há várias opções de gravidez com óvulos próprios, porém sempre é importante a tomada de decisão rápida, para evitar que a reserva reduza ainda mais:

  • Se além de ter BRO, o seu ginecologista indicar, depois de realizar outros exames, que você não tem um bom prognóstico reprodutivo, talvez seja importante pensar em adiantar a data para buscar a gravidez, se já não está buscando.
  • Se a opção de adiantar a gravidez não for possível, você pode congelar óvulos para utilizá-los no futuro. Neste caso, quando decidir que já é o seu momento para buscar a gravidez, para utilizar os óvulos é preciso realizar um tratamento de Fertilização in vitro.
  • Outra opção, se houver um parceiro, é congelar os embriões que se conseguem através de um tratamento de FIV sem chegar à fase da transferência embrionária. A mulher passaria as fases da estimulação ovariana e a punção folicular. O esperma do homem seria submetido a um tratamento para aumentar a sua capacidade de fecundar. O embriologista realizaria a fecundação de todos os óvulos de boa qualidade, e os embriões que servirem seriam congelados até que os dois decidam que chegou o momento de tentar a gravidez, quando as chances seriam as mesmas existentes no momento em que ocorreu o congelamento, evitando os riscos associados à passagem do tempo.

O resultado do antimülleriano não dita sozinho as chances de gravidez

Pode se dar a circunstância de que uma mulher tenha nível baixo do hormônio antimülleriano, no entanto, um bom prognóstico reprodutivo graças à boa qualidade de seus óvulos. Ou seja, com apenas o dado da reserva ovariana não deve se decidir se é recomendável ou não se submeter a um tratamento de reprodução assistida, nem perder as esperanças. Antes, o especialista em reprodução humana irá realizar um estudo completo de todos os fatores que afetam a fertilidade do casal e apresentar opções para superar os obstáculos.

 

Susana Joya, Assessora Científica Igenomix.


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